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"ASSISTE AO ENTERRO DE UM TRABALHADOR DE EITO E OUVE O QUE DIZEM DO MORTO OS AMIGOS QUE O LEVARAM AO CEMITÉRIO "
Na zona da mata, Severino se depara com a cerimônia fúnebre de um roçador, na qual se discute a respeito da luta diária desse homem para conseguir um pedaço de terra seu.
começo de conversa
começo de conversa
Para aproveitar mais a leitura (ou releitura) do canto, fique atento às questões centrais e aos temas transversais do texto.
ROTEIRO DE LEITURA
ROTEIRO DE LEITURA
Após ler (ou reler) o canto e para verificar a compreensão, procure responder a esses questionamentos centrais do trecho
Pesquise o que significa “eito” e conecte a acepção doo termo à profissão do homem que está sendo enterrado nesse canto.
Tendo em vista de que, no nordeste brasileiro, o início do movimento pela reforma agrária foi contemporâneo à obra de João Cabral de Melo Neto, identifique no canto 8 trechos que fazem referência à luta do trabalhador de eito falecido pela divisão igualitária da terra.
Identifique de que forma a ironia dramática é construída nesse trecho do poema, contrastando a luta do trabalhador com o desfecho de sua vida e seu enterro.
Análises
Análises
Após a leitura do trecho e as considerações feitas através do roteiro de leitura, confira a análise do canto que preparamos para você.
Forte musicalidade, que remete a rezas e novenas católicas pela cadência (repetições de trechos, por exemplo)
EITO: “limpeza ou roçado de uma plantação, utilizando enxadas, foices, ancinhos.”
Reforma Agrária – início nos anos 50, com as Ligas Camponesas
Ironia dramática: na morte, esse trabalhador finalmente ganhou um pedaço de terra, pelo qual lutou em vida
Novamente, a metáfora que aproxima o sepultamento do plantio.
Em 1965, Morte e vida severina foi adaptado para o teatro e encenado pelo TUCA (grupo universitário da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com trilha sonora produzida por Chico Buarque. Escute o canto VIII, musicado por Buarque, na voz de Elba Ramalho.
O canto VIII apresenta a questão agrária como temática central. No Brasil, a discussão e luta sobre a divisão equalitária das terras e sobre a reforma agrária já vem de longa data. Desde os anos 50, através das Ligas Camponesas, esse assunto começou a tomar corpo e forma. A reportagem "Como a reforma agrária vem se dando até agora no Brasil", do Jornal Nexo (10/01/19), mostra um panorama sucinto e bem informado a respeito das indas e vindas do movimento. Como esse é um assunto atual, relevante e que ainda hoje gera polêmica devido à grande aura de desinformação que existe, é importante ler sobre ele em diversos veículos isentos e confiáveis.
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