Canto XV

começo de conversa

Para aproveitar mais a leitura (ou releitura) do canto, fique atento às questões centrais e aos temas transversais do texto.

ROTEIRO DE LEITURA

Após ler (ou reler) o canto e para verificar a compreensão, procure responder a esses questionamentos centrais do trecho

Após a leitura do trecho e as considerações feitas através do roteiro de leitura, confira a análise do canto que preparamos para você.

• Intertextualidade com a Bíblia Sagrada. Nesse momento, vizinhos e amigos levam presentes à criança Reis Magos (MATEUS: 2, 1-12)

• Ao contrário dos Reis Magos, os presentes aqui refletem a pobreza da população local e o desejo de que o recém-nascido tenha uma vida melhor e mais próspera.

• Também são oferecidos produtos típicos da região animais próprios dali (siris, canário)

Morte e vida severina constrói-se também como intertexto da história bíblica do nascimento de Jesus. Por isso, vale a pena nos voltar para os textos da Bíblia Sagrada, buscando convergências e divergências. No canto 15, a conexão é com a visita dos reis magos, pois há toda uma cerimônia de oferta de presentes para a criança recém nascida. Porém, enquanto na história do livro de Mateus, são reis sábios que oferecem presentes muito caros a Jesus, no texto de João Cabral de Melo Neto, quem presenteia são os vizinhos e conhecidos, os quais não possuem muitas posses e podem apenas oferecer coisas de pouco valor monetário, mas imenso valor simbólico.

Os produtos artesanais e artesanato são marcas identitárias fortíssimas de uma região. Nesse canto, a maior parte dos presentes oferecidos são icônicos de Pernambuco, como a cachaça Pitu, a bolacha d'água de Paudalho, os bonecos de barro de Tracunhaém... No texto, essa enumeração funciona como reforço à identidade do menino que acabou de nascer, mas também deixa marcado para nós, leitores, a importância dos produtos artesanais para uma região.