Canto XI

começo de conversa

Para aproveitar mais a leitura (ou releitura) do canto, fique atento às questões centrais e aos temas transversais do texto.

ROTEIRO DE LEITURA

Após ler (ou reler) o canto e para verificar a compreensão, procure responder a esses questionamentos centrais do trecho

Após a leitura do trecho e as considerações feitas através do roteiro de leitura, confira a análise do canto que preparamos para você.

• Severino está no mangue de Recife.

• Expectativas da viagem: encontrar uma pequena melhora. Ter um pouco mais de água e comida, um pouco mais de roupas, etc.

• O impacto da conversa escutada no canto 10 faz-se notar.

• “Apressar a morte”: Severino começa a considerar seriamente o suicídio como uma opção, já que a melhora de vida não se concretiza em sua migração.

• Caixão de lama, mortalha de água, etc: referência à morte por afogamento, uma antítese a sua vida no sertão diante da seca.

Se a gente observar o percurso de Severino, percebemos que ele não é um suicida. Toda sua trajetória do sertão até Recife testemunha que ele acredita na vida e acredita que sua vida pode ser melhor, valendo a pena toda a luta, sofrimento e caminhada percorridos. Porém, as "boas-vindas" terríveis que Recife lhe deu, com a conversa dos coveiros, soma-se à toda a série de desalento e desesperanças sofridas ao longo de seu caminho, e acaba tirando o resto de esperança que ele tinha. O tom do texto, nesse e no próximo canto é extremamente triste, mas não se esqueça de que, como o título do livro mostra, ainda há a vida para se contrapor à morte severina. Se você, assim como Severino, estiver passando por um momento de desalento e desesperança, converse sobre isso, busque ajuda. É isso que Severino fará no próximo canto.