Ainda sobre a ponte que atravessa o Capibaribe, Severino conversa com José, um dos moradores do mangue, revelando sua enorme aflição.
Para aproveitar mais a leitura (ou releitura) do canto, fique atento às questões centrais e aos temas transversais do texto.
Após ler (ou reler) o canto e para verificar a compreensão, procure responder a esses questionamentos centrais do trecho
Severino e o mestre carpina conversam sobre o mar, porém esse mar alcança um sentido metafórico ao longo do trecho. Explique, de forma clara e denotativa, o conteúdo do diálogo, explicitando a argumentação de Severino e a de José.
Após a leitura do trecho e as considerações feitas através do roteiro de leitura, confira a análise do canto que preparamos para você.
Mocambos: casebres pobres, com pouca infra-estrutura.
Severino e José conversam sobre suicídio utilizando linguagem cifrada/metafórica.
Severino assume a posição pessimista e suicida, enquanto José procura oferecer uma visão mais conformista da vida.
"O mar de nossa conversa" = o suicídio/vazio existencial precisa ser combatido sempre, por que, do contrário, pode alastrar-se.
"Comprar a vida todos os dias": lutar e vencer as dificuldades diárias
Para Severino, a morte nesse momento seria a melhor saída para o seu sofrimento. Ele não vê motivos para continuar vivo e batalhando pela sua existência.
Paralelismo entre saltar fora da vida e saltar para dentro da vida.
Esse canto não termina muito melhor do que o passado e nós ainda estamos acompanhando o sofrimento psicológico de Severino. O José, mestre carpina, procura conversar e contra-argumentar com Severino, em favor à vida. Porém ele não está preparado para ajudar de fato Severino. Nessa ficção, não podemos intervir, mas se você se sentir como o Severino, busque conversar com alguém preparado, de preferência um profissional da saúde. É possível se sentir melhor.